Difundir conhecimento, trocar experiências e dividir exemplos de sucesso, esta foi a intenção do VI Encontro Catarinense de Direito de Família, realizado nos dias 19, 20 e 21 de julho, em Balneário Camboriú (SC). O encontro é resultado de uma parceria entre o Instituto Brasileiro e Direito de Família em Santa Catarina, (Ibdfam/SC), em conjunto com o Colégio Notarial do Brasil- Seção Santa Catarina (CNB/SC) e a Associação dos Notários e Registradores de Santa Catarina – (Anoreg/SC).
 
O evento contou com aproximadamente 160 inscritos, muitos profissionais do Direito, sendo em torno de 24 magistrados (entre juízes e desembargadores), notários, técnicos do Poder Judiciário, defensores públicos, promotores de justiça, dezenas de advogados e estudantes universitários. Todos reunidos para ouvir e aprender com os 11 maiores doutrinadores do País no campo da Multiparentalidade, Guarda Compartilhada, Alienação Parental, Direito Previdenciário, Processo Civil, Fraude na Partilha de Bens, Justiça Restaurativa e Sucessões.
 
A psicóloga Sandra Baccara, especialista em âmbito nacional, mostrou os impactos graves, e por vezes, irreversíveis da alienação parental para crianças e adolescentes. Já Fernando Moreira da Silva, juiz no interior do Mato Grosso do Sul, expôs as práticas que vem sendo desenvolvidas em sua comarca para estimular a adoção tardia, de crianças e adolescentes com mais de 9 anos. Na sequencia, Fredie Didier, autor de dezenas de obras jurídicas, e que foi membro da comissão formada para reformar o novo Código de Processo Civil na Câmara dos Deputados, dividiu valiosos ensinamentos sobre o novo diploma processual que, recentemente, entrou em vigor.
 
Para Mara Poffo, presidente do Ibdafm/SC a Associação dos Magistrados Catarinenses, o encontro inspirou profissionais do Estado com exemplos que vem dando certo, “conhecimento de altíssimo nível, aliás, nossos palestrantes sempre foram escolhidos com máximo cuidado e técnica, justamente porque a ideia era trazer os mais renomados especialistas do país”, declarou.
 
Esta opinião também foi compartilhada pela vice-presidente do CNB/SC, Daisy Ehrhart, que classificou o encontro como um “debate de nível extremamente qualificado”, e por isso, mereceu o apoio do Colégio Notarial, representando os notários que, no dia-a-dia de suas serventias acabam colaborando para a concretização de diversos aspectos deste novo paradigma das relações familiares, sempre em renovação.
 
Segundo a presidente do Ibdfam/SC, tudo foi planejado para levar um Direito de Família humano e eficaz às pessoas que vivem conflitos judiciais. “É preciso que todos os profissionais envolvidos no processo (advogados, juízes, promotores, psicólogas, assistentes sociais, técnicos em geral) estejam bem preparados tecnicamente e cientes dos seus papeis transformadores, pois, como se sabe, a família é base de tudo, inclusive da sociedade”, comentou Mara.
 
De acordo com Daisy Ehrhart, “as relações sociais e familiares têm sido constantemente modificadas pela vida moderna, fazendo crescer a necessidade de estudos e cuidados pelos operadores do direito das famílias”, concluiu.