O governo Alckmin criará um fundo imobiliário para facilitar a venda de imóveis que o Estado incorporou ao longo do tempo.
 
O valor total é estimado pela Fazenda paulista em R$ 1,5 bilhão, mas poderá ser maior porque alguns imóveis foram contabilizados por seu valor venal.
 
Em uma primeira rodada, serão 350 imóveis de um estoque de mais de 5 mil, entre casas, apartamentos, prédios e empresas. Os selecionados são os imóveis com documentação mais regularizada e que podem ser vendidos com maior facilidade.
 
O administrador do fundo será mais eficiente que o Estado na venda de imóveis, avalia Helcio Tokeski, secretário estadual da Fazenda. O mercado tornou-se muito especializado, afirma.
 
“Quem, se tivesse dez imóveis diferentes, daria para um único corretor vender?”, pergunta-se. O gestor será escolhido por uma licitação.
 
“A ideia é que o fundo que contrate avaliações especializadas, faça a venda de forma a maximizar o valor, achando alguém que compre por preço melhor”, diz ele.
 
“Ao colocar em um fundo, já conseguiremos liquidez para o Estado, à medida que as cotas são vendidas e capturarmos parte da valorização da desova do estoque.”
 
O fundo imobiliário é marcado a mercado e fiscalizado pela CVM. A Assembleia Legislativa autorizou a sua criação em 2016.
 
O prazo ainda não foi estabelecido. Será definido após a consulta pública, a ser aberta em poucas semanas, com duração de 30 a 60 dias.