Tabelionatos de notas adotam estacionamentos exclusivos para bicicletas e incentivam o uso do meio de transporte alternativo
Uma pesquisa realizada entre os meses de agosto e setembro desse ano pelo Ibope Inteligência aponta que os paulistanos gastam, em média, de duas a três horas para realizarem seus deslocamentos diários. Como meio alternativo para a fuga do trânsito, o uso de bicicletas como principal meio de transporte tem crescido exponencialmente desde a implantação de ciclovias em 2015.
Dados coletados pelo contador eletrônico de ciclistas instalado na Avenida Faria Lima, zona Oeste de São Paulo, indicam que o número de usuários aumentou 13,5% em fevereiro de 2017 se comparado ao mesmo período no ano de 2016, totalizando 79.006 viagens.
Na capital paulista, o Itaú Cultural pode ser considerado referência no que diz respeito ao incentivo desse meio transporte alternativo. As questões de mobilidade urbana sempre fizeram parte das discussões e programações do instituto. “A ideia do bicicletário surgiu em função do aumento do uso de bicicletas na região da Avenida Paulista, um pouco antes da instalação da ciclovia. A ideia é sempre permitir que nossos visitantes sejam acolhidos da melhor forma possível”, afirma a gerente de comunicação do estabelecimento, Ana de Fátima Sousa.
O Centro Cultural de São Paulo (CCSP) adotou essa medida inicialmente por meio da parceria com o coletivo Mão na Roda, que surgiu em meados de 2010 pela iniciativa de ciclistas inspirado(a)s em oficinas semelhantes pelo mundo. O grupo tem por objetivo incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade, sendo ponto de encontro para conversas sobre o uso do espaço urbano, modais ativos, legislação e novas iniciativas cidadãs, além do aprendizado da manutenção básica de bicicletas visando maior autonomia do ciclista.
A demanda havia sido solicitada pelo diretor anterior e acabou trazendo um aumento gradativo dessa classe, gerando a necessidade de construção de paraciclos (dispositivo utilizado para a fixação de bicicletas), que hoje chegou ao limite máximo de 150 lugares.
Foi possível, ainda, notar um aumento no fluxo de pessoas que aderiram à bike como principal meio de transporte. A medida atingiu frequentadores e funcionários do CCSP e tem dado grande repercussão desde sua implantação. “Foi um ótimo diferencial”, afirma o Coordenador de Operações do CCSP, Everton Alves de Souza.
O 1º Tabelionato de Notas e Protestos de Letras de Títulos de Barueri reconhece a necessidade da adoção de um espaço exclusivo para esse meio de transporte alternativo. “O estacionamento de bicicletas é um recurso aos usuários de nossos serviços que querem também exercer o papel de cidadãos conscientes”, afirma o notário responsável Ubiratan Guimarães.
Desde junho de 2016, a serventia possui uma parceria com a Carbono Zero, uma empresa que realiza entregas expressas de forma inteligente e sustentável com bicicletas e veículos elétricos para aliviar o trânsito, estacionamentos, barulho e a poluição das cidades. “Acreditamos e trabalhamos diariamente para que nossos colaboradores também se conscientizem sobre a necessidade da redução de impactos ambientais na sociedade e tal iniciativa permite a eles serem atores nesse processo”, conclui o tabelião.
