Durante os dias 23 a 25 de novembro, a cidade de San Salvador de Jujuy, na Argentina, recebe a XIX Jornada Notarial do Cone Sul. evento que reúne 180 notários de quatro países sul-americanos: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
 
A finalidade principal da conferência foi possibilitar a troca de experiências entre os serviços notariais realizados em cada localidade. O encontro, que acontece anualmente, também visou à comparação das leis aplicadas em cada região referentes às atividades notariais.
 
O primeiro dia de evento foi marcado pelas apresentações sobre os temas propostos pelos representantes de cada país. Ao todo, foram 43 trabalhos inscritos e apresentados durante o Congresso. Um dos assuntos debatidos pelos presentes foi sobre Direito Reais, em que os palestrantes abordaram a competência do notário na aplicação da legislação em cada nacionalidade e também a questão da circulação de documentos estrangeiros em território nacional.
 
Segundo um dos diretores do Notariado Jovem do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), Wendell Salomão, os assuntos discutidos sobre Direito Reais, mesa em que também é um dos coordenadores, apresentam uma série de aplicabilidades das leis dos países que participam do congresso. “O intercâmbio de informações permite a fomentação e a alimentação de novas legislações no Brasil”, afirma.
 
Para ele, o evento tornou-se ainda mais importante após a entrada do Brasil para o bloco do Cone Sul, ano passado, por conta de que o notariado brasileiro deve ser fomentado em todas as idades, desde quem está começando na área até quem já atua há muitos anos. “A ideia do notariado jovem é justamente essa: pegar os notários novos, que estão entrando no ramo, de faixa etária até 40 anos e fazer com que esse pessoal se reúna, por meio de estudos, trabalhos e apresentações, para compartilhar experiências, exatamente o que aconteceu nesse congresso”, informa o coordenador.
 
Trocar conhecimentos também foi um dos pontos positivos destacados pelo notário Alejandro Achard Mendivil, integrante do Grupo Especial de Relações Internacionais da Associação dos Notários do Uruguai. Para Mendivil, o Congresso cria um encontro entre pessoas de vários países, o que agrega mais informações para os notários. “É a terceira vez que participo desse tipo de congresso. Tomar conhecimento de outras realidades, de outras regiões, é muito positivo porque podemos fazer um comparativo entre as legislações do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Para nós, notários, é uma experiência muito positiva, pois aprendemos muitos nesses eventos”, completa.