O Paraná é o segundo estado com maior número de divórcios realizados em cartórios, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais, na média nacional dos últimos dez anos. Os dados são do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF).
 
De acordo com o presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Paraná, Ângelo Volpi Neto, os números demonstram o interesse da população em solucionar as separações de forma mais rápida e também representam uma economia para o casal. “As pessoas têm um atendimento diferenciado no tabelionato de notas, um atendimento personalizado, então elas procuram em função disso e também da agilidade do serviço”, afirma.
 
Ângelo Volpi Neto explica que os divórcios em cartório agilizam a divisão de bens e lembra que, de 2007 pra cá, com a promulgação da Lei Federal 11.441/07, que possibilitou a realização de divórcios e de inventários em cartórios de notas, a economia para o Poder Judiciário paranaense foi de aproximadamente R$ 400 milhões com os procedimentos.
 
Antes da lei, a separação só poderia ocorrer por processo judicial. “Para as partes, isso é muito importante, porque elas já podem movimentar esse patrimônio, vender aqueles bens, dividir. Então, para as partes, é fundamental isso. Para o Poder Judiciário também é uma economia, ele deixa de usar a máquina dele. Uma ação dessas custa, para o Judiciário, em torno de R$ 2.500”, explica.
 
Para realizar o divórcio, os cônjuges devem procurar seu advogado e o tabelionato. O divórcio deve ser consensual e é necessário que o casal não tenha filhos menores ou incapazes.