Nesta quinta-fera (25 de janeiro), a cidade de São Paulo celebra seus 464 anos. Em comemoração ao aniversário da cidade, o Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP) e Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF) resgatou, por meio do projeto Memórias Notariais, a escritura do terreno onde está situada a Casa das Rosas, localizada na Avenida Paulista.
 
Dos tempos dos barões do café até hoje, apenas quatro casarões ainda resistem às intempéries do tempo e às investidas do mercado imobiliário na Avenida Paulista. Um desses imóveis é a Casa das Rosas, no começo da via (número 37), tombado pelo Patrimônio Histórico.
 
O casarão foi construído em 1935, mas o público desconhece que o terreno onde hoje se instala o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura pertencia ao Ramos de Azevedo, que no dia 8 de abril de 1913 compareceu ao 11º Tabelionato de Notas da Capital para transferir a propriedade para o seu genro, Ernesto Dias de Castro.
 
“A bibliografia existente conta a história da Casa das Rosas a partir da construção do casarão, mas ela é anterior a isso, começa com a transferência do terreno 22 anos antes. E está tudo documentado numa escritura de mais de 100 anos, que permanece preservada por todo este tempo no 11º Tabelionato”, explica Andrey Guimarães Duarte, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo, entidade que congrega os cartórios de notas paulistas.
 
A mansão foi habitada durante os primeiros 51 anos de sua existência. Os primeiros residentes do casarão foram Lúcia Ramos de Azevedo – uma das filhas de Ramos de Azevedo – e o seu marido, Ernesto Dias de Castro.
 
Clique aqui e veja a cópia reprográfica da escritura pública do terreno onde fica situada hoje a Casa das Rosas.