Os cartórios brasileiros registraram, até setembro de 2020, 127.217 uniões civis entre casais homoafetivos. Os números são da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg).
 
A união estável entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), regulamentou a habilitação, a celebração de casamento civil e a conversão de união estável em casamento aos casais homoafetivos.
 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contabiliza 106.716 mil casamentos entre brasileiros do mesmo sexo. Houve um crescimento de 61% nos registros entre 2017 e 2018. E, no ano passado, o número saltou para 12.896 – aumento de 35% em relação a 2018.
 
“O reconhecimento às uniões civis entre pessoas do mesmo sexo já é uma realidade que vem sendo praticada por todos os cartórios brasileiros desde 2011, portanto há quase 10 anos, de forma desburocratizada e célere, mas sempre de acordo com as regras jurídicas estabelecidas”, defende o presidente da Anoreg.
 
Em um novo documentário, o papa Francisco pediu a criação de leis para a união civil entre casais do mesmo sexo, que é o seu apoio mais claro à questão até o momento.
 
De acordo com a Agência Católica de Notícias, Francisco é citado dizendo que casais do mesmo sexo deveriam ser “legalmente cobertos”. O sumo pontífice afirmou: “O que temos que criar é uma lei da união civil”.
 
Os comentários de Francisco costumam enfatizar uma compreensão com a questão e um acolhimento. Porém algumas colocações do chefe da Igreja Católica, por vezes, contrariam grupos mais conservadores da instituição.
 
O documentário “Francesco” estreia em Roma nesta semana e nos Estados Unidos na semana que vem. Francisco deu uma entrevista ao cineasta Evgeny Afineevsky dizendo que “os homossexuais têm o direito de fazer parte da família”.