Opção já está disponível no Brasil e, na Baixada Santista, 68 pessoas já fizeram o registro
Há uma forma de deixar uma parte do corpo viva mesmo após a morte: se tornando doador de órgãos. E hoje existe uma forma simples e rápida de deixar uma declaração com valor jurídico para atestar a intenção de ser doador sem sair de casa. Na Baixada Santista, já existem 68 moradores que registraram uma Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano (Aedo) em cartório. O processo, além de ser on-line, é gratuito. (veja mais abaixo o passo a passo)
O gerente Ricardo Balio, de 35 anos, é um desses. Ele se sensibilizou com as notícias que repercutiam, como o fato de a covid-19 reduzir em 29% a doação de órgãos no Brasil, afetando milhares de pacientes que esperam na fila por um transplante. “Tinha bastante gente, da minha idade também, sofrendo muito. E acho que não é justo uma pessoa passar mais tempo ainda do que já passa esperando”.
Em abril, quando o Cartório de Notas e o Poder Judiciário lançaram a Aedo, ele não teve dúvidas e optou por doar todos os órgãos. É possível escolher quais serão doados. Ricardo fez o processo pelo 8º Cartório de Notas de Santos. A tabeliã Fernanda Mimura, titular da unidade, explica que a Aedo, embora não tire o poder de decisão da família do falecido, pode fazer a diferença. “Esse documento formaliza a vontade da pessoa em ser doadora e ele vai ficar na Central Nacional de Doação de Órgãos, em que os médicos credenciados têm acesso. Pelo CPF, é possível verificar se a pessoa deixou ou não um documento manifestando essa vontade”.
Fonte: A Tribuna
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