Raio-X FipeZap referente ao último trimestre de 2017 aponta que potenciais compradores não se importam se imóvel a ser comprado é novo
A quantidade de brasileiros que pretende comprar imóveis nos próximos três meses caiu para 39% no último trimestre de 2017 — o menor nível dos últimos três anos. Ainda que intenção seja pela compra, a maior parte deles (64%) avalia que os preços praticados no pelo mercado ainda estão caros.
Dados do Raio-X FipeZap, divulgados no dia 8 de fevereiro, mostram que a maior parte dos potenciais compradores para os próximos meses classificaram os preços dos imóveis como “altos” (44%) ou “muito altos” (19%).
Outros 28% dos que pretendem fechar negócio em breve avaliam que os valores estão “razoáveis”. Há ainda uma parcela menor dos entrevistados que veem os preços “baixos” (5%) ou “muito baixos” (2%).
Para aqueles que compraram imóveis recentemente, o levantamento mostra uma opinião um pouco diferente, com a percepção da maior parte deles (39%) de que os valores estão em nível “razoável”. Em seguida, aparecem os entrevistados que observam os preços “altos” (32%), “muito altos” (12%), “baixos” (9%) e “muito baixos” (6%).
O estudo indica ainda que 56% dos que compraram imóvel ao longo dos últimos três meses de 2017 optaram pela aquisição de propriedades usadas. Ao mesmo tempo, a maior parte (54%) dos que pretendem comprar um imóvel nos próximos meses afirma não se importar se o local é novo.
Os entrevistados que dizem esperar um aumento nos preços oscilou de 18% para 15% no período. Com isso, a expectativa de variação de preço para os próximos 12 meses passou de -2,4% para -3,6% no período finalizado em dezembro do ano passado.
Desconto
Na contramão do número de potenciais compradores com a percepção de que os preços estão altos aparece uma queda de 0,2 ponto percentual, para 7,6%, no desconto médio aplicado às transações de imóveis no País.
Apesar do desconto menor, o volume de transações de compra e venda de imóveis realizadas com desconto subiu de 64,7% para 65,2% na comparação entre os últimos dois trimestres de 2017.
Mesmo com a alta, o percentual ainda segue distante do pico de 74,8% transações com desconto apurado pelo indicador em junho de 2016.