No dia 20 de março, o Projeto Adoção Afetiva promoveu um evento aberto ao público na Escola Estadual Cezar Martinez, escola adotada pela 29 Tabeliã de Notas da Capital, Priscila de Castro Teixeira Pinto Lopes Agapito.
 
A cerimônia se iniciou com uma breve explicação da notária sobre como surgiu o programa, as dificuldades enfrentadas na execução e algumas das implementações que realizou na escola. “O projeto virou algo muito maior do que imaginávamos, tenho investido bastante energia nele mas tem sido muito gratificante”, afirma. “Criei 19 subgrupos de trabalho, entre eles: da horta, dos esportes, teatro, saúde bucal, yoga e o da saúde. Em cada um desses grupos temos voluntários que dentro de suas profissões estão colaborando com a escola”.
 
Sobre a importância que o projeto pode trazer à área extrajudicial, Priscila Agapito ressalta a confiança no trabalho realizado nos cartórios de notas. “Nós temos credibilidade, quando um tabelião faz um pedido a um patrocinador, temos recebido muitas respostas afirmativas. Isso acontece porque as pessoas confiam nos cartórios. Espero todos tenham conhecimento do que realizamos nessa escola e que essa atitude se replique em outras serventias e em outras escolas”, pontuou.
 
O secretário da educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini, encerrou a cerimônia destacando a importância do evento e enaltecendo o trabalho realizado pelo extrajudicial. “Esse projeto da Adoção Afetiva talvez seja o único legado da gestão da Secretaria da Educação do qual tive a honra de participar, a convite do governador Geraldo Alckmin. O que notei é que a rede pública tem empenho, idealismo e vocação, mas se sente pouco considerada por parte da sociedade a qual ela serve”, apontou. “A informatização permitiu que os cartórios caminhassem anos-luz à frente do poder Judiciário. Eles possuem uma visão que foi intensificada pela iniciativa privada e a utilização de recursos para que tudo se tornasse menos burocrático, mais eficiente e mais inteligente. Não tenho dúvida de que esse projeto vai se disseminar e tornar-se um sucesso. Eu tentei motivar as famílias e se os cartórios persistirem, faremos uma grande diferença na situação pública do Estado de São Paulo”, concluiu.