Conheça meios alternativos para classificar seus gastos, cortar os desnecessários e dar um “up” nas economias
 
Por viver em um mundo extremamente capitalista, sabemos que grande parte da população – não apenas brasileira – tem pouco controle de suas finanças e não sabem administrar seus ganhos e gastos da forma mais inteligente. O número de famílias brasileiras endividadas subiu de 59,8% em dezembro de 2018 para 60,1% em janeiro de 2019, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
 
O primeiro passo para mudar uma situação de dívidas é a organização. A princípio, é interessante classificar os gastos em dois grupos: necessários e supérfluos. Os primeiros gastos a serem cortados devem ser os da segunda categoria, já que não são tão essenciais para sobrevivência e é possível viver sem algumas dessas regalias, que podem ser passeios regulares ao cinema, compras mensais excessivas no supermercado, entre outros. Mas, existem momentos, como em caso de demissão, em que até os gastos necessários também precisam ser cortados, por isso é interessante formular listas para organização.
 
Após a classificação dos gastos, está na hora de guardar seu dinheiro e também começar a investir. Um dos sócio-fundadores da plataforma de educação financeira “Minhas Economias”, Paulo Sain, afirma que “para os iniciantes em investimentos e que possuem perfil de risco mais conservador, investir no Tesouro SELIC do Tesouro Direto ou em um fundo de renda fixa DI com baixa taxa de administração acabam sendo as melhores opções. Poupança há muito tempo deixou de ser uma boa opção de investimento, principalmente após o acesso facilitado ao Tesouro Direto e aos fundos de renome através das corretoras independentes”.
 
As opções de investimento vão de curto a longo prazo para ter um retorno, sendo assim “as opções para se formar um patrimônio no longo prazo passam por fundos multimercado e de ações, além das próprias ações. Isto pode ser complementado com títulos públicos indexados à inflação, que garantem juros reais, mas é importante lembrar que estes juros são garantidos apenas se o investidor carregar o título até o seu vencimento. Já para o curto prazo, Tesouro Selic e fundos DI com baixa taxa de administração são as opções mais adequadas”, aconselham os representantes da plataforma Minhas Economias.
 
O Tabelião de Notas do 30º Subdistrito Ibirapuera e Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais Rodrigo Valverde Dinamarco, comenta sobre a organização das finanças de sua serventia. “Desenvolvi juntamente com meu departamento financeiro uma mega planilha que qualifica todas as saídas e entradas de recursos, permitindo a análise da receita do tabelião, custas, depósitos prévios e valores de terceiros que estão sob nossa responsabilidade. Ela também me permite fazer o mapeamento de desempenho por setor, que nos auxilia na elaboração do planejamento estratégico”.
 
Por fim, o titular da serventia deixa uma dica sobre sua experiência. “Não obstante os ganhos reais, o risco da atividade e, por consequência, a responsabilidade, são muito elevados, o que denota o desafio diuturno de todo e qualquer gestor. Logo, controle de gastos, provisionamento de recursos e bom atendimento estão alinhados com o aumento da margem de lucro”, conclui Rodrigo.