Reuniões geralmente são vistas como perda de tempo e sem resultados, mas algumas lideranças tentam torná-las muito mais produtivas

 

Executivos costumam ser vistos como pessoas rígidas com a organização de suas agendas, mas além da liderança, eles também precisam gastar algumas horas em reuniões – que nem sempre podem ser um e-mail.

 

Para deixar a tarefa ‘menos chata e mais eficiente’, cada líder tem estratégias específicas. O site Business Insider (BI) elencou algumas das estratégias de quatro famosos bilionários da tecnologia para que suas reuniões sejam produtivas. Confira:

 

 

Jeff Bezos

 

As reuniões com o cofundador da Amazon, Jeff Bezos, começam com os funcionários estudando um memorando. Um colaborador pode passar duas semanas elaborando um memorando de seis páginas para uma reunião específica, por exemplo.

 

Então, após 30 minutos de leitura silenciosa, os participantes são convidados a fazer perguntas e iniciar uma discussão sobre o conteúdo. “Gosto de um documento claro e de uma reunião confusa”, disse Bezos em uma conversa com o podcaster Lex Fridman em dezembro.

 

Permitir que os participantes tenham tempo para ler um memorando e preparar suas ideias ajuda os funcionários a fazerem perguntas mais produtivas na reunião, disse o executivo.

 

Bezos contou ainda que não gosta de apresentações em slides. Ele também mantém a regra das “duas pizzas”: se duas pizzas não conseguem alimentar todos na sala, há gente demais.

 

 

Bill Gates

 

O fundador da Microsoft, Bill Gates, usa as reuniões para questionar os participantes, disse Chris Williams, ex-vice-presidente de RH da companhia, que trabalhou em estreita colaboração com Gates durante oito anos.

 

Williams disse que nunca esquece seu primeiro encontro com Gates em 1992. A Microsoft acabara de comprar a empresa em que Williams trabalhava. Gates queria conhecer seus funcionários para descobrir por que um de seus produtos funcionava mais rápido que o equivalente da Microsoft.

 

Ele interrogou um desenvolvedor com perguntas “rápidas” e “detalhadas”, lembrou Williams. No final, a dupla estava discutindo “o movimento de bits únicos e o tamanho do cache de instruções Intel 80386”, acrescentou.

 

Gates “sempre foi curioso, sempre quis entender, sempre buscando mais detalhes”, escreveu Williams para o BI em 2023. “À medida que foi envelhecendo, sua paixão pelos detalhes nunca desapareceu, apenas seu método para chegar lá suavizou”, acrescentou Williams.

 

 

Steve Jobs

 

Steve Jobs era meticuloso em manter as reuniões curtas, segundo Ken Segall, que trabalhou diretamente com Jobs como diretor criativo da agência de publicidade da Apple.

 

Depois que Jobs morreu em 2011, Segall escreveu um livro sobre a cultura de trabalho da Apple, “Insanely Simple” (Insanamente Simples, em tradução literal). Nele, o executivo descreveu como Jobs certa vez notou que alguém novo havia participado de uma reunião semanal.

 

“Ele parou”, escreveu Segall. “Seus olhos se fixaram na única coisa na sala que não parecia certa. Apontando para Lorrie, ele disse: ‘Quem é você?'”. Depois que ela explicou quem era e que estava trabalhando em projetos de marketing relacionados, Jobs disse: “Acho que não precisamos de você nesta reunião, Lorrie. Obrigado”, lembrou Segall.

 

 

Eric Schmidt

 

O ex-CEO do Google Eric Schmidt disse que as reuniões precisam de líderes para tomar decisões. Em “How Google Works” (‘Como o Google Funciona’, em tradução literal), livro de 2014 que Schmidt escreveu com o ex-vice-presidente sênior de produtos Jonathan Rosenberg, a dupla disse que cada reunião precisa de um “decisor” designado para ter a palavra final.

 

Eles escreveram que, quando as empresas realizam reuniões em que todos os presentes são iguais, existe o risco de chegar a um acordo em vez de encontrar uma resolução clara.

 

Schmidt e Rosenberg acrescentaram que essa ‘pessoa decisora’ deve definir o propósito e a estrutura da reunião e posteriormente resumir as decisões e tarefas para os participantes.

 

 

Fonte: Época Negócios

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