O Banco Mundial elegeu o Brasil como modelo de desburocratização com tecnologia digital por conta da plataforma e-Notariado, criada pelo Colégio Notarial do Brasil (CNB) e regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça.
A instituição convidou o país para apresentar a ferramenta em sua sede em Washington, nos Estados Unidos, no fórum LJD Week 2025 (Law, Justice and Development Week), principal evento jurídico da instituição, que reúne autoridades, juristas, acadêmicos e especialistas de mais de 100 países. O evento aconteceu esta semana, entre os dias 3 e 5 de novembro.
O tema central do seminário foi a inovação digital na justiça preventiva — direitos de propriedade seguros e acesso à justiça, com foco em soluções digitais aplicadas à justiça preventiva e ao fortalecimento institucional de sistemas jurídicos nos países em desenvolvimento. Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça, também participou do encontro em outro painel.
“O e-Notariado é hoje exemplo mundial de segurança sem burocracia. O Brasil é o único país entre os 94 onde existem cartórios de notas em que mais da metade dos atos notariais já são feitos de forma totalmente digital. No total, mais de 8,2 milhões de atos notariais foram realizados digitalmente pela plataforma”, diz Giselle Oliveira de Barros, presidente do CNB, que participou do evento no Banco Mundial.
“A expertise que o Brasil desenvolveu tem sido exemplo para todos os notariados dos países integrantes da União Internacional do Notariado Latino (UINL)”, completa Giselle.
Em 2020, o Colégio Notarial do Brasil, que representa os mais de 8 mil tabelionatos de notas em todo o Brasil, criou a plataforma digital oficial e-Notariado, que permite que qualquer pessoa assine digitalmente escrituras, procurações, inventários, divórcios, testamentos e faça autenticações e reconhecimento de firmas, entre outros atos notariais, sem precisar ir presencialmente aos cartórios, mas com a mesma validade jurídica.
Fonte: Conjur


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