Em X Encontro do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça, o ministro Luis Felipe Salomão faz apelo para que pessoas sejam doadoras de órgãos
O corregedor nacional de Justiça e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Luis Felipe Salomão, anunciou a capacitação de cartórios extrajudiciais para auxiliar no combate à lavagem de dinheiro e terrorismo. Um acordo de cooperação técnica foi firmado nesta semana entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça e deve incrementar as investigações criminais e a produção de inteligência, com a integração de serviços eletrônicos de registros públicos, tabelionato de notas e de protestos contra o crime organizado.
O anúncio foi feito no primeiro dia de trabalho do X Encontro do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça, nesta quinta-feira, enquanto abordava os desafios do Poder Judiciário no novo milênio. O encontro será realizado até sábado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, reunindo presidentes de 23 tribunais estaduais do país.
— Vamos otimizar o sistema de combate à lavagem de dinheiro e o terrorismo. Quando o cartório informar atividades suspeitas, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vai fazer a investigação com mais profundidade e as autoridades terão mais elementos para no início da apuração — descreve.
Campanha de doação de órgãos
O ministro Luis Felipe Salomão também anunciou que o CNJ vai fazer campanha pela manifestação da vontade pela doação de órgãos. Segundo o corregedor, o objetivo é estimular a mudança da cultura da população em relação à doação a partir de um aplicativo gratuito especial para esse fim e interligado com cartórios que possa ser acionado por telefone celular, para facilitar a doação documentada.
— É preciso que essa doação venha documentada e certificada em um cartório. Estamos movimentando um aplicativo para telefone celular, em convênio com cartórios, de forma gratuita, para poder fazer a doação de órgão. Acreditamos que é um passo muito importante. Isso é cidadania, representa a possibilidade de uma vida para quem precisa daquele órgão. Se se isso tiver documentado, se os cadastros forem compartilhados, na hora que há um óbito, uma morte encefálica, se puder instantaneamente verificar isso, nós teremos outras tantas vidas sendo salvas — destacou o corregedor nacional de Justiça.
Fonte: O Globo
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