Operação que demoraria seis meses teve de ser feita em poucos dias

 

O TJ/RS concluiu, no fim de semana, a operação de migração de sua principal plataforma jurisdicional, o eproc, para o sistema de computação “em nuvem”. Na manhã desta segunda-feira, 27, o acesso dos usuários ao sistema foi restabelecido.

 

A transferência de mais de 10 milhões de processos e 200 terabytes de dados proporcionará não só a modernização do funcionamento da Justiça Estadual, mas também garante a continuidade dos serviços judiciais prestados ao cidadão com maior segurança, acessibilidade e infraestrutura.

 

Em artigo publicado no jornal Zero Hora, o desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira, presidente do Conselho de Inovação e Tecnologia e do Conselho de Comunicação Social do TJ/RS, destacou que “é nas situações graves que as instituições devem demonstrar urgente capacidade de reação.”

 

Ele pontuou que, com a migração de sistemas, o Judiciário gaúcho não está apenas trocando seus dados de lugar, mas dando um salto histórico e gigantesco.

 

O magistrado explicou que, para evitar qualquer possibilidade de perda de dados, a administração do TJ foi arrojada ao tomar a decisão de migrar sua principal plataforma jurisdicional para a nuvem, um data center com capacidade ilimitada e muito mais seguro.

 

“Para escapar do alagamento dos prédios na área central de Porto Alegre, foi necessário realocar parte do data center e mantê-lo em operação por meio de geradores a óleo diesel, transportados por pequenas embarcações, já que o fornecimento de energia elétrica esteve inviabilizado por muitos dias.”

 

Inicialmente planejada para ser executada em seis meses, a iniciativa foi acelerada para responder à demanda por estabilidade.

 

Computação em nuvem

 

O serviço é ofertado pela Amazon, através do Amazon Web Services (AWS). A computação em nuvem é a entrega de recursos de Tecnologia da Informação sob demanda, por meio da internet, com definição de preço de pagamento conforme o uso. A ferramenta proporciona que o acesso a serviços de tecnologia, como capacidade computacional, armazenamento e bancos de dados, ocorra conforme a necessidade, usando o provedor de nuvem, sem o uso de datacenters e servidores físicos.

 

O presidente da Corte, desembargador Alberto Delgado Neto, celebrou o êxito da operação e ressaltou os avanços que a medida proporcionará ao Judiciário do RS. “Com a concretização da entrada na modernidade em ambiente tecnológico de ponta, fechamos uma era que há pouco tempo estava na idade média e hoje no mundo avançado da história. Queremos aproveitar esta conquista para, cada vez mais, alcançar ao nosso destinatário final, o cidadão gaúcho, um serviço público de alta qualidade e eficiência.”

 

Fonte: Migalhas

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