Para ajudar na hercúlea missão de implementar a linguagem simples, Migalhas perguntou a importantes operadores do Direito quais palavras deveriam ser jogadas no limbo jurídico

 

Desde que assumiu a presidência do Judiciário, o ministro Barroso tem levantado a bandeira da “linguagem simples”. De fato, a clareza na comunicação jurídica não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para garantir o acesso à Justiça.

 

Mas, falar fácil nem sempre é fácil. Para ajudar na hercúlea missão (ou “hercúlea” entra no rol de expressões banidas?), Migalhas perguntou a importantes operadores do Direito quais palavras deveriam ser jogadas no limbo jurídico, de uma vez por todas.

 

DPE – Dicionário de Péssimas Expressões

 

Como se vê, Migalhas também faz parte do movimento para dar cabo ao “juridiquês” e criou o “Dicionário de Péssimas Expressões”.

 

Trata-se de sugestões enviadas pelos leitores de termos e expressões que precisam ser abolidas do vocabulário Jurídico.

 

A título de exemplo, o termo “análise perfunctória” pode ser substituído por “avaliação superficial”, ou ainda, sendo mais coloquial, por “olhada rápida”.

 

Mas, atenção! A iniciativa do Dicionário de Péssimas Expressões, alinhada aos objetivos do CNJ de simplificar a linguagem jurídica, não visa eliminar o intelectualismo.

 

Ao contrário, escrever de forma simples é uma habilidade intelectual, como demonstrado por Machado de Assis, Jorge Amado, entre outros. O objetivo é acabar com a falsa erudição, que frequentemente tem o efeito oposto ao desejado, tornando o texto ininteligível.

 

Fonte: Migalhas

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