Presidente do Conselho, Miguel Matos, apontou exemplos recentes do uso dessas ferramentas de maneira prejudicial
Nesta segunda-feira, 5, o Conselho de Comunicação Social do Senado debateu o uso da inteligência artificial nas eleições. Em fevereiro, o TSE aprovou 12 resoluções ressaltando o potencial dessa tecnologia em aumentar a propagação de fake news e desinformação.
Presidente do Conselho de Comunicação Social do Senado, Miguel Matos, enfatizou a era de transformações digitais da sociedade, destacando o papel crucial das redes sociais e da IA como forças motrizes desta nova realidade. Segundo ele, essas tecnologias oferecem oportunidades sem precedentes para a comunicação e o acesso à informação, mas também trazem desafios significativos que precisam ser enfrentados de forma coletiva e responsável.
Ele salientou que as redes sociais e a IA são componentes inevitáveis da vida contemporânea, frutos do avanço tecnológico característico de nosso tempo. “Essas ferramentas transformaram a forma como interagimos, consumimos informação e participamos da vida pública”, afirmou.
IA nas eleições
No contexto eleitoral, o presidente do Conselho observou que essas tecnologias têm o potencial de ampliar o alcance da informação e promover debates amplos e inclusivos. No entanto, ele alertou para o uso dessas ferramentas na disseminação de desinformação e manipulação de opiniões, comprometendo a integridade do processo democrático.
Miguel Matos ainda citou exemplos internacionais, como as eleições de 2016 nos Estados Unidos, onde a desinformação nas redes sociais influenciou eleitores e criou divisões sociais. Campanhas coordenadas de fake news atingiram milhões de pessoas, prejudicando a confiança no processo eleitoral.
Em sua fala, o presidente do Conselho também mencionou a disseminação de notícias falsas via WhatsApp na Índia em 2019, que levou a episódios de violência e tensão social durante o período eleitoral. “No Brasil, em 2018, também enfrentamos desafios significativos com a proliferação de desinformações nas redes sociais, o que acendeu o alerta para a necessidade de regulamentação e de um monitoramento mais efetivo”, acrescentou.
No debate, o advogado Fabricio Alves destacou que a regulamentação da inteligência artificial, atualmente em discussão no Senado (PL 2.338/23), não terá as eleições como foco principal.
https://www.youtube.com/watch?v=djHcmLbmotY
Fonte: Migalhas
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