Executivo diz que os ativos foram registrados em blockchain por maiores segurança e rastreabilidade
A Ambipar fez uma parceria com a B3 Digitas para a negociação de créditos de carbono tokenizados. Cada token AMBI equivale a uma tonelada de crédito de carbono certificado e a negociação dos ativos deve começar no dia 8 de julho.
Segundo João Valente, diretor de ativos digitais da Ambipar, a parceria traz o mundo do crédito de carbono para a disponibilização ao mercado financeiro acostumado à B3. “Pode disseminar e distribuir para engajar as companhias a fazer essa jornada da sustentabilidade. O propósito do projeto é a redução das emissões. Ele cumpre o compromisso no programa de combate aos riscos das mudanças climáticas”, afirma.
A B3 Digitas é o braço de ativos digitais da bolsa de valores brasileira, a B3. A empresa trabalha com oferta de criptoativos no Digitas Hub, focando na negociação de tokens de ativos do mundo real, ou seja, ativos financeiros tradicionais registrados em blockchain.
Valente explica que o registro dos créditos de carbono em blockchain é interessante pela rastreabilidade que essa tecnologia traz, com registros imutáveis de tudo o que aconteceu com o ativo. “Nós colocamos esse crédito na blockchain para ter a segurança e a rastreabilidade desde quando é gerado. Depois, quem certifica são as principais auditorias internacionais”, comenta.
Os tokens de créditos de carbono são considerados utility tokens, ou tokens de utilidade, aqueles que possuem alguma função diversa daquela de gerar valor ao investidor através de esforços de terceiros, por isso não estão sob a regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A CVM já se manifestou no sentido de que os créditos de carbono não são títulos financeiros.
O preço dos tokens deve começar em R$ 42,00 e o primeiro lote de tokens ofertados estará na casa das 50 mil toneladas, porém Valente diz que a Ambipar tem “muitas milhões de toneladas” a mais para oferecer ao mercado a depender da demanda.
Fonte: Valor Econômico
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