O Brasil fechou o ano de 2021 com 932 mil casamentos, um aumento de 23,2% em relação ao ano anterior. O ano de 2020, porém, havia tido o pior desempenho porque foi o mais impactado pela pandemia de covid-19, já que havia mais medidas de isolamento social.

 

Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Também no ano de 2021, o brasileiro se divorciou como nunca: foram 386 mil pedidos, recorde da série histórica, que é feita desde 1984.

 

Apesar da alta em 2021, o número de casamentos no país vem apresentando queda ao longo dos anos. O dado, ressalte-se, inclui apenas as uniões civis registradas, não contam as uniões estáveis.

Em 2021, 5,5 pessoas, em cada 1 000 habitantes com 15 anos ou mais, casaram no Brasil.

 

Em 2021, o número de casamentos não superou a média dos cinco anos [2015 a 2019] anteriores à pandemia, mas deu indícios de que as cerimônias matrimoniais voltaram a acontecer com mais frequência em razão das campanhas de vacinação e da flexibilização das medidas para contenção da covid-19

IBGE

 

Em 2021, os casamentos que ocorreram foram:

 

  • 923.300 entre pessoas de sexo diferente –
  • 9.202 entre pessoas do mesmo sexo

 

O aumento percentual foi maior no casamento entre pessoas do mesmo sexo, que registrou uma alta de 43% em relação a 2020. Os casamentos entre pessoas do mesmo sexo foram inseridos na pesquisa em 2013.

 

Nos casamentos civis entre cônjuges solteiros de sexos distintos, com 15 anos ou mais, a diferença das idades médias ao contrair a união foi de aproximadamente 2 anos, sendo que os homens se casaram, em média, aos 30,9 anos, e as mulheres, aos 28,5 anos de idade.”

IBGE

 

Já nos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, a idade média sobe:

 

  • 34 anos entre os homens
  • 33 anos entre as mulheres

 

Divórcios em alta

 

Ao longo dos anos, o brasileiro passou a se divorciar mais em relação ao número de casamentos. “Tínhamos 10 divórcios para cada 30 casamentos, e agora essa média é 10 a cada 24”, explica Klívia Brayner de Oliveira, gerente da Pesquisa de Registro Civil do IBGE.

Isso pode ser percebido também na redução do tempo médio de casamento no momento em que se pede divórcio.

 

2021:

 

  • 48,8% pediram com menos de 10 anos;
  • 24,9% com 10 a 19 anos;
  • 26,3% com 20 ou mais;

 

Em 2010, a média de quem se separava com menos de 10 de matrimônio era menor.

 

  • 37,4% pediram com menos de 10 anos;
  • 26,6% com 10 a 19 anos;
  • 36,0% com 20 anos ou mais;

 

As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram a maior variação, com aumento dos divórcios entre 2020 e 2021, de 25,5% e 16,3%, respectivamente.

Informativo do IBGE

 

O tempo de casamento até o pedido de divórcio também foi caindo ao longo do tempo no país:

 

  • 15,9 anos (2010)
  • 13,9 anos (2021)

 

Em 2021, a idade média de quem pediu divórcio foi maior entre eles:

 

  • Mulheres – 40,6 anos
  • Homens – 43,6 anos

 

Já o tipo de regime de bens segue com predomínio do modelo parcial, ou seja, haverá partilha, em caso de divórcio, apenas do período de casamento em diante.

 

Divisão de bens em 2021:

 

  • Comunhão parcial – 90,2%
  • Divisão universal – 5,4%
  • Separação total – 4,4%

 

Guarda compartilhada cresce

 

Quanto aos divórcios, um dado que chama a atenção é que, entre casais com filho, o percentual de famílias que adotam a guarda compartilhada vem crescendo ao longo dos anos.

 

Desde 2014, um lei[1] orienta é que esse tipo de guarda deve ser a prioridade[2] adotada pela Justiça.

 

Em 2014, a proporção de guarda compartilhada entre os pais com filhos menores era de 7,5%. Em 2021, essa modalidade passou a representar 34,5%. Tal comportamento evidencia o crescimento dessa modalidade de guarda como consequência da lei supracitada.

 

Fonte: UOL

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