Depois que Itaú e BTG fizeram a 1ª transação com o Drex entre bancos em 29 de agosto, foi a vez da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil operarem a 1ª transferência com o real digital. Em nota emitida nesta 3ª feira (5.set.2023), o BB informou que valores de sua carteira foram transferidos para a Caixa e depois retornaram para o banco nos dias 30 e 31 de agosto. Depois, o mesmo teste foi feito entre o Banco do Brasil e o Banco BV, no domingo (1º.set.2023). As transações foram realizadas no ambiente de testes do BC (Banco Central do Brasil), onde são simuladas emissões, transferências e resgates da moeda.

 

Maria Rita Serrano, presidente da Caixa, afirmou que a colaboração entre as duas instituições representa um compromisso com a inovação e a modernização do setor financeiro. “Estamos entusiasmados com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis”, declarou.

 

Já a presidente do BB, Tarciana Medeiros, destacou que o Drex é uma iniciativa que oferece a possibilidade de adotar a tecnologia blockchain e a tokenização para melhorar os serviços bancários e adaptá-los ao mundo digital.

 

“Somos uma das instituições que mais investe em TI no Brasil. Além disso, temos atuação destacada em projetos conduzidos pelo BC, como Pix e Open Finance. Com o real digital, com o Drex, não seria diferente”, disse.

Real Digital

 

Coordenada pelo BC, a iniciativa do Drex é criar uma moeda digital que faça parte da política monetário do Brasil e siga as regras do sistema financeiro nacional. Regulá-la exigirá maior formalidade e segurança para operações, uma vez que a tecnologia já está inserida na sociedade –com as criptomoedas, por exemplo– mas sem regulação.

 

A moeda deverá ser utilizada para soluções de atacado, ou seja, para operações com valores altos. Está na 1ª fase de implementação e a expectativa é que chegue aos cidadãos para fazer testes no fim de 2024 ou início de 2025, de acordo com Fabio Araujo, coordenador da iniciativa no BC.

 

Conforme o Banco Central, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta:

 

o “D” representa a palavra digital;

o “R” o real;

o “E” a palavra eletrônica; e

o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

 

Fonte: Poder 360

Deixe um comentário